sábado, 13 de novembro de 2010

Um garoto bom que lê coisas ruins.

É,
é assim que tenho me denominado ultimamente.
Um cara que estuda, trabalha em busca de um lugar ao sol na profissão e final de semana sai para bebericar com algumas garotas ou com os amigos.
Até aqui tudo simples. Coisas básicas da vida de qualquer estudante interiorano ou mesmo da capital que já está achando tudo um saco sem muito charme para o que era há alguns 4 anos atrás.
Isso pode ser culpa do Hunter Thompson com seu olhar pessimista e ácido sobre quase tudo que escreve. Falar coisas que deixavam Nixon se sentindo uma merda de cachorro a cada jornal ou revista que faziam seus olhos sangrarem de raivar pelas críticas ao seu governo feitas por um cara que destruiu o American Dream em Medo e Delírio em Las vegas e como se não bastasse surgiu quase que do nada e virou um líder de opinião, criticando o academicismo da comunicação e os pesadelos de cada jornalista engravatado fazer de suas versões de fatos uma não-história.
Acho que não necessariamente você é o que você lê, mas o que lê influencia o modo das coisas que você vê. Como diz OSHO, tudo o que você monta de desgraças ou coisas impondo limites para sí mesmo não passam de ideias na sua cabeça, e o que você lê, vê e interage afetam criando consequências para isso.
Ler e depois trazer a versão dos fatos é algo realmente muito importante que vai depender invariavelmente da sua bagagem cultural. Melinda e Melinda do Woody Allen pode ser um bom exemplo de como uma mesma história pode ser contada com olhares completamente diferentes dependendo de seu narrador.
Todo mundo sabe disso, posso tá aqui falando coisas óbvias mas o que importa é que acho que o que você lê realmente pode fazer você ou dar máscaras a seu ser.
Atualmente estou lendo A Grande Caçada aos Tubarões no Hunter Thompson, e o próximo livro será Delírios Cotidianos do Bukowski.

Boa sorte para o meu destino.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Romance nos livros e filmes. Sexo na vida real.

A vida é muito simplista.
Nada de domingos ensolarados
com os mais mais intensos verões.

Deixamos tudo isso para os livros.
Aqueles livros que nos fazem quase virar
uma noite em claro para ler, que nos fazem
ficar mais tempo com a cabeça no travesseiro sem dormir,
que a gente relê algumas páginas para refletir, e na sorte,
ver alguma nova situação daquilo que já foi lido mas não foi visto.

Nossa vida real merece o sexo.
O toque. A meia-paixão.
O meia hora pós cerveja no bar.

Nos filmes vemos o lado poético da paixão,
a loucura do encantamento em doses homeopáticas.
As conversas que não chegam a lugar algum
porém levam nossa essência tão longe.

Nossa vida é nua e crua.
Sem cuspe. Com pouca poesia.
Primeiro o sexo. Depois paixão.

Azarado de nossos avós que tinham
de se casar para sentir o gosto da maçã,
e ainda sem aquele sabor de fruta mordida.

O romance é a ficção do nosso dia a dia.
Daqueles que a cada livro que lemos
ou filmes que assistimos julgamos seriamente
ter acontecido algo parecido um dia.
Com a gente.




sábado, 17 de julho de 2010

Dia de Chuva

Num dia de chuva aquilo que pensamos vai água a baixo

A essência da gente bate na cabeça tentando sair.

O eu sente vontade de se expressar mas sabe que nada vai sair.

Acredito que em dias de chuva nossa sensibilidade fica a flor da pele louca, insana, incrédula.

Dias de chuva são bons pra pensar, refletir, não fazer nada.

Escrever algo sem sentido, dar descarga nos pensamentos.

fazer isso, sim.


sábado, 12 de junho de 2010

Hoje me deu vontade de conversar com ela.

Ir em um bar beber conversa e jogar cerveja dentro de um copo.

Falar da vida dos outros, da vida dispersa com o tempo.

Tomar uma pisada de um salto alto.

Lembrar de um vinho que não foi tomado no inverno.

Colocar meus olhos no bolso e voltar pra casa.

Com um sorriso de canto de boca que atrapalha a passagem dos carros na rua.

Com um cigarro que não termina ao chegar perto da boca.




terça-feira, 18 de maio de 2010

Perdidos



Somos um bando de perdidos.

Estamos perdidos procurando por alguém, por alguma coisa, por alguma razão.

Os perdidos são os mais procurados e por serem perdidos um dia se tornam achados.

Ser perdido não é um problema, é um mérito, porque um dia vai ser achado.

Tem pessoas que se procuram em outras, tem pessoas que se procuram em sí mesmo.

Existe amor próprio, existe paixão, existe medo.

Tem quem procura problemas, procura prazer, procura sexo.

O mendigo procura no lixo.

O rico procura no luxo.

O certo procura no errado.

Até encontrar um perdido.




quinta-feira, 22 de abril de 2010

Todo mundo é Diretor de Arte.

Li esses dias na Computer Arts uma entrevista com o Head of Art da Ogilvy SP Denis Kakazu e achei muito interessante o assunto que a entrevista acabou entrando.
Afinal, quem é o Diretor de Arte?
Isso é uma resposta muito subjetiva para alguns, principalmente para futuros deles
que ainda usam as fraldas dessa profissão e almejam um grande cargo um dia dentro de uma agência.
Head of Art é um cargo novo ainda no Brasil, mas que em agências da Europa já
existe a um bom tempo.
Esse cargo é definido como o cara responsável para elevar a Direção de Arte de um modo geral na agência,
coisa que muitos Diretores de Criação com formação de Diretores de Arte já fazem, mas sem
manter o clichê clássico de nomes novos e em inglês que a propaganda volta e meia vai inventando
para se reinventar.
Bom, mas o que eu queria falar é sobre o que é um Diretor de Arte, certo?
O Diretor de Arte muito além do que muitos pensam é alguém não só responsável pela
parte visual do anúncio. Muito mais que isso.
Um Diretor de Arte é a pessoa que entende sobre tipografia, clima de uma imagem e cada vez
mais tenta ser consistente nos significados dos elementos seja em press ou web, filme etc.
Ser Diretor de Arte é muito mais que deixar "bonito" o anúncio, é dar significado visual para cada elemento nele.
Isso é uma das principais coisas que diferenciam os Diretores de Arte dos Designers, que tem uma função
mais de nível estético e funcional para deixar a informação mais funcional para o receptor.
Diretor de Arte é o profissional que deve saber tudo isso mais um pouco. Entender de fornecedores
é cargo da produção, mas do Diretor de Arte mais ainda. Saber quem pode acrescentar ao trabalho
como certos ilustradores, manipuladores, artistas plásticos ou quem pode participar
de um projeto de modo construtivo.
Nos dias de hoje vemos muita gente se denominar Diretor de Arte, mas que acaba tendo uma
certa pedância em relação a isso e acreditando que a profissão de limita a um Layoutman, only this.
Artistas plásticos, ilustradores, fotográfos e pessoas que em geral trabalham com arte.
A diferença grande esta do antes da arte, o Diretor. Esse profissional é Diretor porque tem o
domínio técnico sobre os trabalhos e de Arte porque é o responsável pela parte de arte estética
do trabalho. Direção de arte não é arte, é trabalho. E duro.
É necessário entender de fotografia, moda, tendências e para repetir mais uma vez, de Arte.
Diretor de arte todo mundo pode ser, mas dos bons são poucos como disse Denis Kakazu,
então vale dar uma lida e estudar antes de sair falando por ai o que você faz. Seja você advogado,
psicólogo, arquiteto ou Diretor de Arte.








quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

AMOR

O amor é cego.
Incorreto.
Incrédulo.

É volúpia.
Voyeurismo.
Coragem.

Solidão com companhia.
Corpo com 2 almas.
Malícia.

O Amor é jogo.
É rapidez.
Clichê

domingo, 17 de janeiro de 2010

Lento e fácil.

Um dia te pego de jeito.

Te acho numa esquina.

Tomo minha dose diária de você.

Desço aquelas velhas escadas subindo.

Tomo um café gelado.

Te observo.

Não te venero.

Falo o fácil para conquistar teu difícil.

Lento e fácil assim vou indo.