segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Romance nos livros e filmes. Sexo na vida real.

A vida é muito simplista.
Nada de domingos ensolarados
com os mais mais intensos verões.

Deixamos tudo isso para os livros.
Aqueles livros que nos fazem quase virar
uma noite em claro para ler, que nos fazem
ficar mais tempo com a cabeça no travesseiro sem dormir,
que a gente relê algumas páginas para refletir, e na sorte,
ver alguma nova situação daquilo que já foi lido mas não foi visto.

Nossa vida real merece o sexo.
O toque. A meia-paixão.
O meia hora pós cerveja no bar.

Nos filmes vemos o lado poético da paixão,
a loucura do encantamento em doses homeopáticas.
As conversas que não chegam a lugar algum
porém levam nossa essência tão longe.

Nossa vida é nua e crua.
Sem cuspe. Com pouca poesia.
Primeiro o sexo. Depois paixão.

Azarado de nossos avós que tinham
de se casar para sentir o gosto da maçã,
e ainda sem aquele sabor de fruta mordida.

O romance é a ficção do nosso dia a dia.
Daqueles que a cada livro que lemos
ou filmes que assistimos julgamos seriamente
ter acontecido algo parecido um dia.
Com a gente.