sexta-feira, 6 de maio de 2011

Aqui estou bem na chuva

Indecisão e frieza.
Não sei mais o que é bom ou ruim.

Se ligo ou não ligo.
Se está chegando no fim.

O que era vazio vai se preenchendo.
A indelicadeza faz as mãos na virilha perderem todo sentido.

Voe passarinho, e se um dia me pertenceu volte a mim.




segunda-feira, 11 de abril de 2011

A paixão é um jeito de sofrer sozinho e se divertir junto.

domingo, 10 de abril de 2011

A Beleza

Uma linda mulher sentou do meu lado por alguns minutos em uma festa.
Na realidade, fui eu que sentei ao seu lado, na espera de um amigo que já caia
em devaneio nos braços de uma bela moça que metralhou seu corpo inteiro
com olhares, sem deixar apenas um único furo nele.

O silêncio é algo que encomoda todo mundo.
Isso já é mais que óbvio só pelas conversas de elevador ocas e sem sentido
que naqueles poucos segundos particulares com uma pessoa estranha
sentimos a necessidade de pelo menos um "será que vai chover hoje?".

No meu caso não havia elevador. Não havia nada para me forçar a falar
com alguém que não estava dando a mínima bola pra mim a não ser o motivo da beleza,
que fazia um pedaço do meu subconsciente alcoolizado sentir uma extrema leveza
e um nada a perder por fazer qualquer pergunta esdrúxula para receber um olhar
de ódio ou simpatia.

As perguntas saíam, a resposta era seca como a areia de um dia ensolarado.
Olhando para o nada, ela me respondia tranquilamente sem mover um músculo
de seu corpo para me lançar um olhar vazio, sombrio, com nada.

A beleza exterior era divina e a interior um saco de lixo.
O ego se massageva a cada pergunta que eu fazia e com respostas sem serem seguidas
de perguntas, e eu insistia para ver o limite que aquela mulher chegaria.

Quando olhei para o lado mal tinha percebido e aqueles longos cabelos loiros pouco ondulados
estavam partindo. Sem um tchau, sem prazer, apenas seguindo seu rumo para continuar a noite longe de mim, que em menos de 5 minutos e muitos segundos de silêncio parecia ter me
tornado insuportável.

Sem o amargo, o doce nunca é tão doce. Assim ontem provei o amargo, e dele tirei um texto doce. Vi que perdi o momento de ter meu doce quando deixei o que estava na mão para procurar o que estava em apuros. Somos todos assim: completos insatisfeitos.

Por essa insensatez cometemos tudo para continuar da dúvida frequente de obter o que ainda
não temos. Seja para subir um degrau nosso ego, seja para atingir um novo patamar na vida, seja para encontrar o amor incompleto que faz você correr atrás das coisas que nem imaginaria.




sábado, 9 de abril de 2011

CIGARRO:
uma maneira de preencher o vazio dentro da gente com fumaça.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Me tornei criança por 2 semanas.
Voltei a ser 2 vezes mais adulto depois disso.

domingo, 3 de abril de 2011

As coisas que não devíamos ter feito mas o instinto faz.
O sabor de adiar não teve seu momento, o instinto foi fome.

O vazio dentro da gente fica mais oco, como se sentir doente.

Uma dor de garganta que não da cansaço, uma gripe que não da febre
e uma atitude que não leva a outra.

A surpresa.
Surpresa de fazer o que deu na cabeça, arriscar para melhorar o que não pode piorar.

O momento.
Momento de se revigorar e mostrar que todo momento há uma nova chance de virar o jogo.

Para melhor.


quinta-feira, 31 de março de 2011

Atrevida

Abriu a porta só de calcinha, exibindo sua quase nudez para
o corredor vazio naquela manhã chuvosa que de nada servia.
Na hora da despedida eu boa semana ela boa sorte.



domingo, 27 de março de 2011

Chimarrão na chuva.

Palhaço
Nariz de palhaço

Te vejo a todo momento
Nunca estamos juntos

Um único beijo
Insistência

Penso que sim
Sinto que não

Fico na guarda
faixa de gaza

Sem emoção
Mínima graça

Bom pros outros
Ruim pra mim


domingo, 2 de janeiro de 2011

Corrida Com a Morte

Acidentes no trânsito é uma coisa que incomoda todo mundo.
Tanto pelo motivo de ser uma fatalidade como pelo fato de obstruir a lei da vida, que os mais velhos morrem antes dos jovens.

A cada final de ano ou em datas comemorativas ligando a televisão ou lendo um jornal o sangue escorre, deixando nossas mãos ensanguentadas por imaginar o buraco de queda livre que a família vai viver com uma perda que como se não bastasse, ocorreu entre datas especiais no catolicismo. Marca.

A polícia rodoviária nesses feriados precisam deixar o café preto e seus lanchinhos da tarde de lado e arregaçar as mangas.

É a hora do trabalho.

As vezes penso no trabalho desses caras: passar o dia perambulando em estradas e volta e meia ver corpos entre ferragens de veículos não deve ser nenhum pouco agradável, principalmente depois de passar quase um ano inteiro se alimentando como porcos em uma sala.
No ano inteiro, seu trabalho consiste apenas em ver o movimento passar, e muitas vezes, multar pessoas inocentes que não bebem e não são delatores apenas por ter seus documentos do carro atrasados.

Esses acidentes de trânsito realmente doem, mas o que aumenta a raivar dos cidadãos mesmo são os sujeitos que enchem a cara por aí achando que são invencíveis e dirigem pelas auto-estradas como se não houvesse amanhã.
Geralmente garotos criados a leite de pêra, que apesar de passarem em uma universidade particular ganharam seu carro novo para contribuir com a emissão de CO2 e quem sabe, com menos algumas pessoas que completam famílias atualmente. Ou então alguns tiozões mesmo, que passam dos limites na bebida por não funcionarem mais muito bem com suas mulheres e essas ocasiões são as chances de meter o pé no acelerador e fazer seu coração bater mais forte pelo menos em uma estrada. Os prostíbulos estão cheios de velhos desse tipo, mas ainda tem os que preferem estradas e cheiro de gasolina.

Uma das soluções para isso, acredito que seria o aumento de transportes públicos e maior utilização de rodoviárias. Profissionais capacitados levam pessoas a lugares onde elas querem.
Menos glamour? É claro. Imaginem o quão difícil seria para um sujeito que não é nada sem seu carro andar de ônibus para cima e pra baixo. Algo como se sentir chorume, o suco do lixo.

Estes ainda são problemas que assolam nossa geração, e muitas vezes fazem datas especiais se tornarem datas problemáticas, onde a cada ano novo natal ou carnaval fazem você se lembrar de pessoas especiais que se foram.

Lembranças que vem como as que vieram da do ano que se foi, o dia das crianças que hoje não é comemorado por um adulto, ou o segredo de Noel que a criança deixou de acreditar.

Não tem mais volta.