sábado, 29 de agosto de 2009

Direção de Arte tá em Tudo

Já fazia tempo que eu queria fazer uns posts no blog sobre referências visuais que estão espalhadas pela rua.

Acho que esse é o começo perfeito. Achei algo realmente interessante e que merece entrar para a estréia destes posts 'Direção de Arte tá em Tudo', onde vou mostrar o que o bom gosto de pessoas normais que nada tem haver com a nossa profissão fazem por aí e colocam em seus restaurantes, lojas e aonde mais você imaginar.



Essa foto eu tirei em São Paulo, em um restaurante do Bairro Jardins.
Uma brincadeira com tipos e cores fez essa lousa ser muito mais que um simples cardápio pendurado na parede.

Design Sustentável


Achei este material na Fenatur, uma feira de turismo em São Paulo. Muito insisti para ganhar uma dessas da dona, mas ela não curtiu muito a ideia e pelo menos deixou eu tirar umas fotos de seu humilde e interessante material.

É uma pasta feita de folha de bananeira em um processo muito parecido com o de papel reciclado, realmente uma bela sacada. O tipo da coisa que quando se ganha nunca se coloca fora, tanto por o material diferenciado como por ser realmente bonito.

Acho que cada vez mais essa fronteira que aproxima o artensanal com o design de massa é o melhor caminho a ser adotado para alguns Jobs onde seja pertinente e viável fazer esse tipo de trabalho.

Nos dias de hoje quando o papo é sustentabilidade todo mundo já tem seus ouvidos fartos desse assunto e milhares de panfletinhos de papel reciclado em casa. Mas essa pasta é muito mais que isso, é a sustentabilidadde posta em prática, fazendo ela se tornar um objeto de desejo tanto para os outros como para mim que queria ter trazido umas dessas pra casa.

sábado, 18 de julho de 2009

Bom gosto, nostalgia e final de semana em casa.

Hoje me deu vontade de ser nostálgico. Não sei se é por que estou lendo o livro de crônicas afetivas ou se é porque simplesmente me lembrei de coisas simples da minha vida que merecem ser lembradas.

A maioria das pessoas na sua infância já teve uma paixão platônica, ganhou um presente chato da tia, ou levou uns apertões nas bochechas de uma amiga da sua mãe. Como eu me acho diferente de muitos mas sou ser humano como todos , também já passei por isso. Acho que muitos desses acontecimentos fazem a gente ter matéria prima para a vida(principalmente quando se trabalha com propaganda). Minha mãe é decoradora e minha casa sempre foi muito arrumada e diferente, então mesmo sem eu perceber fui absorvendo um senso estético e aprendendo a admirar todas as pessoas que eu percebo em minha volta que tem bom gosto.

Acho que bom gosto é a coisa mais simples do mundo e que faz você admirar uma pessoa por ela gostar de Y e não de X. O bom gosto faz as pessoas serem bonitas não só por fora mas por dentro, falando coisas bonitas, escrevendo coisas interessantes e vendo de uma maneira diferente coisas que parecem simples.

Lendo esse livro de crônicas afetivas do Jabor - Amor é Prosa Sexo é Poesia - em uma das crônicas ele fala sobre uma antiga paixão, aquelas de infância, e isso me fez muito lembrar da minha.
Sempre fui um pouco deslocado da minha turma de colégio e isso me fazia ter uma admiração incrivel por aquelas garotas que não me davam a mínima bola. Todo o ser humano tem esse algo do impossivel onde tudo que parece longe de nossas mãos é melhor, mas no momento em que a gente alcança passa e voltamos a criar um novo critério para outras coisas tornando o tão desejado passado. Com a minha paixão platônica não foi assim. Ela se mudou de cidade e deixou essa doce lembrança de algo que não aconteceu, que ficou apenas na minha cabeça infantil e na dela.

Esses dois fragmentos vieram na minha mente durante o dia. Um na manhã e outro no final da tarde. Bom Domingo.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Porto Alegre é um Sítio.

Uma certa vez ouvi essa afirmação de uma colega da faculdade que veio de São Paulo para morar aqui com a sua família.

No começo, achei essa afirmação absurda, e acho que soa absurda para qualquer um que veio do interior, como eu, morador de Camaquã, uma cidadezinha de 70 mil habitantes mas com cabeça de uma província de 100 moradores, como a maioria destas cidades que estão em volta da capital.

Mas eu estou aqui pra falar que essa afirmação se basta hoje para mim, e Porto Alegre realmente é um sítio.Mas um sítio onde trocamos as vacas por rebanhos de automóveis, o canto do galo pelo barulho de uma surdina, e aqueles provincianos de boa tarde/boa noite podem se encaixar em nossos vizinhos.

Imaginem que moro aqui a quase exatos 4 anos, e nesse tempo todos meus estágios foram muito perto da minha casa onde eu sempre pude me virar a pé, isso mesmo, andando pra lá e pra cá como fazia de costume na província camaquense. E agora, outra coisa para comprovar isso me aconteceu e me fez chegar agora de um belo buffet quilométrico na Osvaldo Aranha e escrever esse Post.

Enquanto eu prestava muita atenção em meu prato de comida, com nada no estômago após acordar meio dia, logo queria colocar meus movimentos peristálticos para funcionar. Até que sinto uma cutucada em meu ombro e palavras saindo de um rosto que quando eu olhei, me era muito familiar. Esse rosto veio perguntar se eu era filho da minha mãe, falar como eu tinha crescido, perguntar se eu tenho ido pra minha "terra" e saber como estava todo o pessoal da família. "Bingo!!!! Era exatamente quem eu pensava!" ela deve ter se sentido assim.

Acho que as pessoas devem ter uma tremenda satisfação quando encontram essas pessoas conhecidas e chegam para perguntar se são elas e realmente isso confere.
Eu não faço isso, sempre acho que existe alguém parecido demais com as pessoas e como é possivel um erro, prefiro adiar e morrer com aquela dúvida na cabeça. (What???Sorry... I i'm crazy.)

Depois desse acontecimento, tudo realmente comprova essa teoria do sítio, e o pior de tudo: até hoje eu não precisei nem sair do meu bairro para comprovar isso.

Ê coisa mais provínciana!

domingo, 7 de junho de 2009

Dias SIM e NÃO

Vivemos entre dias sim e dias não.
Algumas coisas dão certo e outras não.
Seguimos olhando para frente, mas com os pés no chão.
Alguém pensou que me tinha e com o tempo eu vi que não.

As vezes algumas rimas fáceis vem em nossa cabeça, como dizem que é bom anotar, ta aí.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Soluções para tirar o corpo fora



Todo mundo que trabalha não só em agências de publicidade sabe daquelas desculpas que surgem quando um trabalho é entregue meia-boca, ou então o juvenil não sabe fazer o solicitado e tem aquela leve vergonha de perguntar para um superior como se faz.
Por fim, acaba optando pelo "Ah, não dá nada"(Pelo menos uma vez você já deve ter feito isso, até eu já fiz. XD).

Mas o grande problema é quando isso vira uma grande rotina, e essa velha hitória que era para acontecer lá de vez enquando (de vez enquando mesmo) acaba se estendendo, e as velhas desculpas engolem o ser humano e cada vez mais ele fica limitado, sabendo e se interessando apenas pelo seu beabá em tempo integral de sua vida.

Aqui seguem algumas clássicas desculpas para você reconhecer esses grandes figurões, ou se for o seu caso, pratica-las de vez enquando. Algo mais ou menos como aquela história de veiculação do VT de 30" na hora do Chaves porque é o horário que toda a familia assiste, não porque tem um índice de ibope de acordo com seu público, mas isso é uma longa história que qualquer dia eu conto pra vocês, afinal, estamos aqui pra desmascarar a meia-boquice, e não para ensinar um modo trolha de cometer mais uma.



Bora lá...

Caso 1: Mas eu não sou da ÁÁÁÁRÊÊÊA!!!!

Dedo no cú e gritaria na agência. Redator que não veio na parte da manhã por ter virado a noite anterior criando uma campanha acaba gerando uma necessidade de um atendimento escrever o texto. Algo simples, nenhum trocadilho ou jogo de palavra, mais informação mesmo.
Toca o ramal do Diretor de arte e é pedido que ele apenas laiaute esse algo simples com o texto que foi mandado por email (tudo é sempre simples para o atendimento, afinal, é só colocar a logo no canto, uma foto estourada e um texto...não é isso?!), indo adiante o texto é pior que aqueles de placas com cardápio de bares no nordeste que se vê no pérolas do orkut ou em umas fotos perdidas em ppts com musiquinha de fundo que você recebe de alguém que achou a ignorância alheia muito engraçada e resolveu passar adiante. Erros drásticos de português e concordância que chegaria a doer na alma dos falecidos da academia de letras.
Com todo o seu desespero e nada da lei de murphy, você olha para a entrada e lá está o redator chegando. Cheio de saúde e pronto para encarar qualquer desafio novamente.

Ele pega o texto e dá uma lida... abre aquele sorrisinho de canto de boca quando está quase chegando no fim e rapidamente por tamanha banalidade resolve o problema, como sempre volta com algumas alterações mas quando é perguntado para o atendimento quem escreveu o absurdo anterior é dito em alta e boa voz: É que eu não sou da ÁÁÁÁRÊÊÊA!!!!

Caso 2: ...mas eu só trabalho aqui.

Da para jogar baralho com os PIT'S que se encontram em cima da mesa, e se você bobiar pode pifar o jogo e ganhar mais uns 2 PIT'S bancando o dorminhoco.
Trabalho revisado antes de liberar no mínimo umas dez vezes, aí depois de tudo aprovado é visto um erro que ninguém viu. Sim! Um erro que estava perdido pelo chão da sala de criação e decidiu pular quando viu uma grande folha A3 falando em silêncio um "É aqui que eu vô ficáá".

É vovó, e agora, quem é o culpado?
O cara que criou nunca tinha visto nada parecido antes, parece que nem sabia que a agência tinha a tal conta deste trabalho. O arte-finalista resolveu ir liberar um arquivo no banheiro e o atentimento saiu para uma reunião com o cliente em Moscow...após alguns segundos, surge mais uma pérola disparada de uma voz que até hoje não se sabe de quem foi, só se sabe que foi alguém da criação "Eu não sei de nada...eu só trabalho aqui".

terça-feira, 31 de março de 2009

Câne Láions: Ô Lôôôco meu!!

Hoje em um momento de ócio no meu trabalho, aquelas coisas realmente difíceis em uma agência mais que volta e meia surgem como garoto querendo uma balinha de graça na venda.
Mas isso foi muito bom, porque dando aquela azedada na internet achei esse texto no site do Clube de Criação do Rio de Janeiro, escrito pelo redator Leonardo Luis, falando sobre essa imagem de Cannes para os juvenis da propaganda e descolados em geral que sonham em ganhar o maior prêmio de propaganda do mundo.



Câne Láions

Leonardo Luz - Redator da AW/Rio

Cannes. Cannes. Cannes. Essa pequena palavrinha metida a besta povoa os sonhos de qualquer estagiário de publicidade, ou criativo em início de carreira. E como todo criativo que se preze tem que falar estrangeirismos ao pé da letra, a pronúncia correta é câne. Sem o "esse" do final. Cannes – dizia eu – é a palavra mágica que já nos faz começar a bolar até o discurso de premiação. Tem gente que desdenha, finge que não liga, diz que prêmio é secundário. Até é. Quando não foi você quem ganhou. Ganhar um prêmio em Cannes é, além de uma deliciosa masturbação no ego, uma ótima oportunidade para um desabafo para alguns. É o desabafo pra aquela gostosa que não quis nada com você na faculdade; é a justificativa pra todas as idéias idiotas que você já teve até hoje e, mais do que qualquer coisa, é a prova de que valeu a pena você largar a faculdade de direito no sétimo período e ir fazer publicidade, e ainda tirar uma onda de intelectual e falar que se não fosse essa bagagem cultural toda você hoje não estaria aqui. É até a justificativa praquele aumento que te prometem há quase um ano. No fundo você quer mesmo é convencer sua mãe de que ela não jogou fora os quarenta e dois meses de faculdade que ela pagou pra você e você abandonou. E quando se ganha Cannes, até essa cola.

E quando você ganha Cannes, você transcende a uma casta da sociedade formada somente por iniciados. Um tipo de maçonaria. As pessoas te olham diferente. Não importa se, quando você voltar, vai continuar ganhando a mixaria que ganhava antes, se aquela gostosa vai continuar não querendo nada com você, afinal, ela faz nutriçâo, e pra ela, Cannes deve ser algum tipo de molho pra comer com fois gras, ou se seu pai vai continuar achando você um vagabundo. Nada importa. Você alcançou o céu. Nada pode te deter agora. Daqui há trezentos anos, quando acharem resquícios da um povo antigo que fazia uma coisa estranha chamada propaganda, seu nome vai estar lá. Como um fóssil, eternizado.

Mas não bebe muito na comemoração por que amanhã seu vôo é às sete da manhã por que a agência não vai bem das pernas, sabe como é. E ao invés daquele aumento, você vai é ganhar mais trabalho, afinal, qual cliente não quer ter um sujeito que ganhou Cannes trabalhando na conta dele. E com mais trabalho, agora mesmo que você não vai ter tempo de explicar praquela gostosa que não, Cannes Lions não é uma
raça rara de felinos que vive em alguma ex-colônia francesa encravada na África remota. E chegando em casa depois das três da manhã e acordando ao meio dia pra air trabalhar de novo, seu pai vai ter mais certeza ainda de que você é um vagabundo, e que ainda bem que ele não paga mais suas contas. Mas nada disso importa. Você ganhou Cannes. Você agora já pode dormir o sono dos justos. Mas só quando chegar em casa, por que dormir na poltrona da classe econômica não é tarefa das mais fáceis.

Fonte: http://www.ccrj.com.br/

sábado, 28 de março de 2009

O Discreto Charme da Burguesia: isso é uma Loucura?



Crítica?
Uma fase?
Verdade?

Muitas coisas poderiam ser ditas sobre O Discreto Charme da Burguesia, filme de Luis Buñuel, diretor de cinema espanhol que muito trabalhou com Salvador Dalí, o qual acabou sendo influenciando no seu trabalho criando o cinema surrealista.

O Discreto Charme da Burguesia é o tipo de filme para ser visto procurando uma reflexão o tempo inteiro. Cada coisa que acontece pensamos como isso seria em nossa sociedade atual que sofreu e sofre de uma classe que se julga superior aos outros e com grande hipocrisia acabam cometento atitudes que muitas vezes nem os mais antisociais e sem berço cometeriam.

Diria eu que é uma crítica abafada até os olhos com um cobertor chique, algo que vemos mas ao mesmo tempo a trama nos esconde e mais mostra um retrato da burguesia naquele momento do que realmente faz uma critica funda aos seus costumes, que são podres e demasiadamente pedantes.

A dica é compre caviar, um vinho do porto e se sinta um pouco hipócrita e pedante também assistindo esse filme do mesmo diretor de Um Cão Andaluz.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Vicky Cristina Loucuras em Barcelona


Woody Allen.

Só de dizer isso já podemos ir direto ao ponto e falar de um filme que trata de psicologia, amor, paixão e questionar o que é certo e errado em nossas humildes cabeças.
Pois é exatamente isso o que a contece com Vicky Cristina Barcelona, um filme na minha opinião, muito inspirador.

Ter gostado de Mach Point é um bom começo para assistir a filmografia do mestre Woody Allen, mas se você espera que Vicky Cristina Barcelona seja algo parecido, vai estar enganado.
Considerado uma comédia romântica mas na miha opinião é um drama/comédia, Vicky Cristina é um filme que trata de personalidades e de como o que parece ser não é na maioria das vezes.

O velho ditado que meus avós muito me falaram em algumas desilusões amorosas da minha adolecência "Quem desdenha quer comprar" pode resumir Vicky, e o "Quem muito louco parece, nada é " Cristina. Com isso falo pouco, mas espero que você assista o filme que merecia mais que um oscar de atriz coadjuvante para Penélope Cruz.

Javier Barden nada falou sobre o filme na mídia, apesar de mostrar o quão bom ator ele é tendo em seu currículo desde o psicopata de Onde os Fracos Não Tem Vez até um libertino artista plástico em Vicky Cristina Barcelona.

A fotografia do filme lembra muito Mach Point, e a cidade de Bacelona pelas lentes e direção de Woody Allen fazem toda e qualquer paisagem ser linda e valer a pena ser assistida, assim como se torna um cenário perfeito para o romance.

Assista para se confundir, ou para tentar entender um pouco mais sobre o amor.

quinta-feira, 19 de março de 2009

terça-feira, 10 de março de 2009

Falando Mal Pelas Costas.

Para escrever esse post, pensei e repensei.
Pensei muito sobre o que eu iria falar, com que palavras eu iria dizer tudo o que eu pretendia passar com esse texto.

Pois bem.

A conclusão que eu cheguei foi algo totalmente primata: escrever absolutamente tudo que me vier na cabeça e mostrar a minha indignação com o momento que estamos vivendo ou que talvez sempre vivemos no mercado publicitário.

Premiação no dias de hoje tá uma banalização. O que era para ser motivacional para os profissionais de propaganda mostrarem seu potencial para o mercado e tirar uma prova real das suas criações, ver o que realmente é bom, virou uma piada.
Nesse momento, resultado de cliente é uma coisa que não importa mais. A peça ir para rua não importa, a sua idéia ser realmente boa para as pessoas não importa. Bom mesmo é o Diretor de Criação metido a cara bonzão aprovar e ir pra festival. Isso alimenta o ego, isso faz você ser o cara mais legal do mundo e viver todo o glamour da publicidade. Buscar prêmio no palco, bagunçar e o cabelo antes de subir e pega-lo, fazer questão de dizer que virou noites na agência criando aquilo para apenas ganhar um prêmio!Um prêmio!
Rá! Mas não é um simples prêmio. É quase um troféu para idiota do ano, mas é um prêmio, e publicitários adoram isso. Por que cá entre nós, o cara que deixa de ver a família, perdeu o aniversário da namorada e não saiu para conversar com os amigos no final de semana para ficar na frente de um Mac criando para festival só pode ser um idiota.
A inspiração ta na rua, resolver um problema verdadeiro de um cliente e aumentar as vendas dele é algo realmente muito mais motivacionador do que isso.
Hoje em dia publicitário não quer vender, quer ganhar prêmio. É como um Mutley, só que da comunicação.

Aquele NERD nem tão criativo que nos tempos de colégio era o gurizinho espinhento que nunca pegou ninguém e precisa se auto-afirmar com prêmios e reconhecimento 24 horas por dia para se sentir de bem com a vida e com seu trabalho estão as pencas no mercado.
Ficar lendo livros que ninguém conhece, ser um artista plástico disfarçado de diretor de arte e um poeta virado em redator é assinar o próprio atestado de óbito. Publicitário que cai na erudição logo logo cai na sarjeta, e como o mercadinho não da para se queimar,não esqueça, não faça isso!

Você vai depender deles para o resto da sua vida, vai comer da mão deles, achar que ele são deuses e ficar o dia inteiro fazendo layoutzinho dentro de uma sala e achando que sua vida se resume a festivais e isso torna você um profissinal fraco, medíocre.

E para esses caras, só me resta das os parabéns, pois são grandes homens!
Todos do mercado viram o trabalho deles! Do mercado, prestem atenção!heheh

Principalmente para você! Você que fez historinha no mercado, mostrou a pastinha e puxou o saco de todo mundo para conseguir o empreguinho de assistente de um cara que tem um anúncio na Archive e nunca veiculou em nenhuma outra revista, a não ser essa totalmente segmentada para o meio.
Para você que acha que bom mesmo é andar pela Padre Chagas de cabeça erguida para o alto dos prédios, sem medo de ficar com torcicolo. Ou você que anda com pessoas legais, todos eles são premiados e tem uma camiseta diferente, um penteado pós-moderno e conseguem pular de agência em agência por serem puxa sacos e não terem um pingo de caráter. O caráter é uma coisa que difere um homem de um saco de lixo e é triste dizer que o mercado de publicidade anda um lixume.

O que eu espero com esse texto?
Que esse manifesto que eu escrevi aqui seja visto por pelo menos um deles, e que um dia esse mercado viciado se torne algo que todos falem bem, e pelas costas.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Medo e Delírio em Vivendo das Próprias Loucuras


Livro e filme são 2 inimigos na maioria das vezes.
Ou o livro é muito bom e o filme estragou, ou o livro era bom mas o filme ficou bem melhor (esse segundo é muito dificil de acontecer).
Até hoje o único livro que nunca vi ninguém falar mal do filme é o Laranja Mecânica. Quem gosta do livro gosta do filme e vice-versa.
Há uma semana atrás terminei de ler o om livro Medo e Delírio em Las Vegas do Hunter Thompson, e com aquela meia ansiedade olhei o filme também.
É um filme bom, mas que como de costume, não venceu o livro.
O bom de ler o livro é que soltamos a nossa imaginação, construímos os personagens da maneira como pensamos e damos aquela direção de arte do pensamento, ao contrário do filme que não nos da ensina a pescar, acaba dando o peixe de cara.
A história é realmente pirada! Apesar de no livro eu ter imaginado Hunter Thompson um cara mais retardado e ao mesmo tempo ciente, no filme ele é um louco, tanto ele como seu advogado Samoano.
Tudo começa com um telefonema estranho para o Sr. Dukke (Hunter Thompson) , para ir a Las Vegas cobrir a maior corrida Off-road do mundo, a Mint. Isso faz os 2 personagens largarem uma vida pacata e partir em um conversível para Las Vegas em busca do Sonho Americano.
Um porta-mala cheio de drogas e muita loucura pela frente é o que espera os personagens que na verdade fariam uma viagem de trabalho mas que vira curtição e até se meter em uma conveção contra dentorpecentes acaba entrando no roteiro.
É um filme que mostra a década das drogas, onde as pessoas viviam alucinadas o tempo inteiro e em busca de diversão mas que na realidade ainda viviam em um país conservador e caipira.
No livro é mostrado também o lado sujo de Vegas, coisa que o filme decidiu não mostrar se contendo apenas nos hotéis, cassinos e letreiros luminosos da cidade.
Algumas passagens psicodélicas dão um tempero legal para o filme mas nada melhor que ler o livro para depois assisti-lo.

Talvez minahs primeiras palavras tenham resumido todo o texto até aqui, ams como José Saramago diz: Alguns filmes acabam com a imaginação da leitura.

Você é Cool?




Nesses dias de hoje tudo mundo é "cool", nos meus tempos não era assim.
Essa é uma frase que eu poderia ouvir do meu vô, mas acho que quando virar vovô vou falar isso.
Cada dia você vê mais pessoas "cool". O padeiro da esquina é "cool", o pedreiro que faz a reforma lá em casa e usa um casaco da adidas surrado virou "cool", um cara que fuma palheiro no meio da faculdade e pensa que ta agradando com aquela fumaceira é "cool".

Mas afinal, o que é ser "cool"???
Usar o Ray Ban wayfarer herdado do pai ou da mãe?
Comprar camisetas descoladas em lojinhas diferentes ou umas velhas no brechó de sua cidade?
Ver filmes do Tarantino, e falar que curte expressionismo alemão ou assistir filmes do Kubrick?
Ouvir Los Hermanos, Strokes, Franz Ferdinand e virar Dj de casas noturnas onde toca essas músicas?

Eu realmente não sei o que é "cool", se bem que eu acho que a linha que separa o "cool" do Nerd ao quadrado é muito tênua, afinal, hoje em dia usar óculos com molduras e uma camiseta com a foto do Bill Gates quando ele foi preso se torna "cool", se isso estivesse acontecido a uns 5 anos atrás esse cara era visto como um nerd qualquer que estava cursando sua faculdade de Sistema de Informação e procurando fotos de mulher pelada na internet.

Antes seguir moda era ficar antenado no SPFW, comprar roupas de luxo e ir em festas caras.
Hoje a moda é usar roupas velhas.Você paga o preço de uma camiseta nova em uma surrada, sai na rua como um mendigo e isso é muito "cool", yeahhh, sou legal, quero ser diferente.
Ahhh então quer ser diferente?
Acho que se você fosse dirigindo um trator para as festas ia ser "cool".
Ninguém ainda fez isso e já que a moda é não seguir mais as tendências do ano valeria a pena. Você esta tendo estilo próprio, e se for com um pedaço de graveto na boca, melhor ainda. Um dia ainda vai ser "cool" assistir os filmes do Jim Varney e ter uma camiseta com a foto do Ernest.
Eu gosto de Ernest e isso não é "cool", mas quando for farei parte dessa tribo!
Nossa que máximo!

Afinal ser "cool" é ser moderno, ser retrô, ou ter seu estilo próprio???

É, depois de tanto "cool" nesse texto, cansei.
Será que um dia eles vão cansar também?

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Neste verão, venha torrar em Forno Alegre!


Ahhh o verão.
Você já deve ter ouvido essa expressão da boca de muitos malandros ou qualquer um que tenha uma paixão por o calor. Tanto o calor nessa época do ano como o calor humano, que faz as pessoas se perderem na noite enquanto na realidade estão se achando.
Bom, to aqui pra falar do verão em Porto Alegre. Isso aí mesmo. Nada de praia.
Porto alegre no verão é uma verdadeira loucura e quem não sabe curtir, ta perdendo.
Tudo começa logo pela manhã quando a gente acorda com o travesseiro um pouco babado e um calor que você sente só de se espreguiçar. Ouvir aqueles belos barulhos da civilização e carros passando naquele asfalto que ferve os olhos só de olhar fazem parte deste incrível prazer de estar na capital gaúcha nas férias. Ah, e tem dono da fruteira gritando, mendigo desbocado chingando os outros, onibus lotado e tiozinho se aproveitando para tirar aquela casquinha. Uma marvilha!
Nada poderia ser melhor que esse clima de verão, essa paz que se pode ter em uma capital como Porto Alegre.
Outra coisa é o ar-condicionado, nosso amigo de todas as horas (ou quase todas) que faz a gente sentir frio ou a temperatura amena nesses nos dias de calor e que quase nos mata com um choque térmico quando saimos na rua.
Melhor que isso, só uma água de côco na redenção ali na volta do chafariz, e claro, ao invés das gaivotas os pombos.
Neste verão, venha torrar em Porto Alegre.