terça-feira, 10 de março de 2009

Falando Mal Pelas Costas.

Para escrever esse post, pensei e repensei.
Pensei muito sobre o que eu iria falar, com que palavras eu iria dizer tudo o que eu pretendia passar com esse texto.

Pois bem.

A conclusão que eu cheguei foi algo totalmente primata: escrever absolutamente tudo que me vier na cabeça e mostrar a minha indignação com o momento que estamos vivendo ou que talvez sempre vivemos no mercado publicitário.

Premiação no dias de hoje tá uma banalização. O que era para ser motivacional para os profissionais de propaganda mostrarem seu potencial para o mercado e tirar uma prova real das suas criações, ver o que realmente é bom, virou uma piada.
Nesse momento, resultado de cliente é uma coisa que não importa mais. A peça ir para rua não importa, a sua idéia ser realmente boa para as pessoas não importa. Bom mesmo é o Diretor de Criação metido a cara bonzão aprovar e ir pra festival. Isso alimenta o ego, isso faz você ser o cara mais legal do mundo e viver todo o glamour da publicidade. Buscar prêmio no palco, bagunçar e o cabelo antes de subir e pega-lo, fazer questão de dizer que virou noites na agência criando aquilo para apenas ganhar um prêmio!Um prêmio!
Rá! Mas não é um simples prêmio. É quase um troféu para idiota do ano, mas é um prêmio, e publicitários adoram isso. Por que cá entre nós, o cara que deixa de ver a família, perdeu o aniversário da namorada e não saiu para conversar com os amigos no final de semana para ficar na frente de um Mac criando para festival só pode ser um idiota.
A inspiração ta na rua, resolver um problema verdadeiro de um cliente e aumentar as vendas dele é algo realmente muito mais motivacionador do que isso.
Hoje em dia publicitário não quer vender, quer ganhar prêmio. É como um Mutley, só que da comunicação.

Aquele NERD nem tão criativo que nos tempos de colégio era o gurizinho espinhento que nunca pegou ninguém e precisa se auto-afirmar com prêmios e reconhecimento 24 horas por dia para se sentir de bem com a vida e com seu trabalho estão as pencas no mercado.
Ficar lendo livros que ninguém conhece, ser um artista plástico disfarçado de diretor de arte e um poeta virado em redator é assinar o próprio atestado de óbito. Publicitário que cai na erudição logo logo cai na sarjeta, e como o mercadinho não da para se queimar,não esqueça, não faça isso!

Você vai depender deles para o resto da sua vida, vai comer da mão deles, achar que ele são deuses e ficar o dia inteiro fazendo layoutzinho dentro de uma sala e achando que sua vida se resume a festivais e isso torna você um profissinal fraco, medíocre.

E para esses caras, só me resta das os parabéns, pois são grandes homens!
Todos do mercado viram o trabalho deles! Do mercado, prestem atenção!heheh

Principalmente para você! Você que fez historinha no mercado, mostrou a pastinha e puxou o saco de todo mundo para conseguir o empreguinho de assistente de um cara que tem um anúncio na Archive e nunca veiculou em nenhuma outra revista, a não ser essa totalmente segmentada para o meio.
Para você que acha que bom mesmo é andar pela Padre Chagas de cabeça erguida para o alto dos prédios, sem medo de ficar com torcicolo. Ou você que anda com pessoas legais, todos eles são premiados e tem uma camiseta diferente, um penteado pós-moderno e conseguem pular de agência em agência por serem puxa sacos e não terem um pingo de caráter. O caráter é uma coisa que difere um homem de um saco de lixo e é triste dizer que o mercado de publicidade anda um lixume.

O que eu espero com esse texto?
Que esse manifesto que eu escrevi aqui seja visto por pelo menos um deles, e que um dia esse mercado viciado se torne algo que todos falem bem, e pelas costas.

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