sábado, 7 de fevereiro de 2009

Medo e Delírio em Vivendo das Próprias Loucuras


Livro e filme são 2 inimigos na maioria das vezes.
Ou o livro é muito bom e o filme estragou, ou o livro era bom mas o filme ficou bem melhor (esse segundo é muito dificil de acontecer).
Até hoje o único livro que nunca vi ninguém falar mal do filme é o Laranja Mecânica. Quem gosta do livro gosta do filme e vice-versa.
Há uma semana atrás terminei de ler o om livro Medo e Delírio em Las Vegas do Hunter Thompson, e com aquela meia ansiedade olhei o filme também.
É um filme bom, mas que como de costume, não venceu o livro.
O bom de ler o livro é que soltamos a nossa imaginação, construímos os personagens da maneira como pensamos e damos aquela direção de arte do pensamento, ao contrário do filme que não nos da ensina a pescar, acaba dando o peixe de cara.
A história é realmente pirada! Apesar de no livro eu ter imaginado Hunter Thompson um cara mais retardado e ao mesmo tempo ciente, no filme ele é um louco, tanto ele como seu advogado Samoano.
Tudo começa com um telefonema estranho para o Sr. Dukke (Hunter Thompson) , para ir a Las Vegas cobrir a maior corrida Off-road do mundo, a Mint. Isso faz os 2 personagens largarem uma vida pacata e partir em um conversível para Las Vegas em busca do Sonho Americano.
Um porta-mala cheio de drogas e muita loucura pela frente é o que espera os personagens que na verdade fariam uma viagem de trabalho mas que vira curtição e até se meter em uma conveção contra dentorpecentes acaba entrando no roteiro.
É um filme que mostra a década das drogas, onde as pessoas viviam alucinadas o tempo inteiro e em busca de diversão mas que na realidade ainda viviam em um país conservador e caipira.
No livro é mostrado também o lado sujo de Vegas, coisa que o filme decidiu não mostrar se contendo apenas nos hotéis, cassinos e letreiros luminosos da cidade.
Algumas passagens psicodélicas dão um tempero legal para o filme mas nada melhor que ler o livro para depois assisti-lo.

Talvez minahs primeiras palavras tenham resumido todo o texto até aqui, ams como José Saramago diz: Alguns filmes acabam com a imaginação da leitura.

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